As obras do BRT em Cuiabá têm causado impactos severos no comércio local. Um levantamento da CDL Cuiabá revela que 90% dos empresários relatam prejuízos, com queda média de 36% no faturamento. Além disso, 83% dos entrevistados afirmam que o fluxo de clientes diminuiu significativamente.
Para enfrentar a crise, 33% das empresas adotaram novas estratégias de venda, enquanto 23% mudaram o horário de atendimento e 13% reduziram o quadro de funcionários. Em duas a cada dez empresas, houve demissões, evidenciando o peso dos transtornos gerados pela implantação do novo modal.
Diante da situação, a CDL Cuiabá iniciou negociações com a Prefeitura e o Governo do Estado para viabilizar um regime tributário excepcional e temporário. Em discussão, estão isenções e descontos nos impostos ISSQN e IPTU (municipais) e no ICMS (estadual), medidas que podem minimizar os prejuízos e evitar mais demissões no setor.
Apesar das dificuldades, 60% dos empresários ainda acreditam que a conclusão do BRT pode beneficiar o comércio no futuro. Já 20% avaliam que ainda é cedo para medir os impactos, enquanto outros 20% não enxergam vantagens na obra.
O presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, reforça que o setor precisa de apoio imediato. “Faz sentido um regime tributário especial para quem está sendo prejudicado. Estamos abertos para encontrar a melhor solução junto ao Poder Público”, afirma.
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