O Ministério Público do Rio Grande do Sul está investigando uma denúncia de que doações enviadas de Primavera do Leste, em Mato Grosso, para socorrer famílias afetadas por enchentes foram desviadas e comercializadas ilegalmente no Ginásio Municipal São Carlos, em Anta Gorda (RS). O locatário do ginásio, Fábio Biolchi, é apontado como suspeito de vender água mineral e outros itens de doação que deveriam ser destinados às vítimas.
O caso, sob a responsabilidade do promotor Heráclito Mota Barreto Neto, envolve uma denúncia anônima relatando que água mineral da marca “Lebrinha”, originária de Mato Grosso, e outros itens como roupas e alimentos teriam sido estocados e comercializados em Anta Gorda. A investigação busca esclarecer se as doações foram realmente vendidas no local ou desviadas para distribuição indevida, como apontado na denúncia.
Em sua defesa, Fábio Biolchi alega que o caso possui motivação política. Ele afirma que o material foi armazenado na Linha Terceira Moresco, uma área rural situada a 15 km do centro de Anta Gorda, e argumenta que as acusações surgiram devido ao seu apoio ao prefeito Xico Frighetto (Republicanos). Biolchi aponta que a denúncia pode ter sido articulada por opositores com o objetivo de desestabilizar a administração municipal.
O caso ainda está em análise pelo Ministério Público, que continua reunindo evidências para verificar a veracidade das denúncias, enquanto a população de Anta Gorda (RS) e de Primavera do Leste (MT) aguardam uma conclusão transparente e justa sobre o caso, que, se confirmado, representa um abuso grave contra os mais necessitados
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