Durante o Maio Amarelo, campanha nacional que chama atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito, um grupo de trabalhadores segue exposto a riscos diários com pouca visibilidade: os entregadores e motoboys. A rotina desses profissionais, marcada por prazos curtos, jornadas exaustivas e pressões constantes, escancara a urgência de uma liderança mais humana dentro das empresas que contratam ou dependem desses serviços.
De acordo com o mentor de líderes e especialista em liderança há 17 anos, Gustavo Rocha, é preciso que as empresas assumam o protagonismo nesse debate, compreendendo que segurança não é apenas uma pauta institucional ou pública, mas um reflexo direto da cultura organizacional. “A liderança que protege é aquela que enxerga o colaborador como ser humano antes de qualquer entrega. Garantir capacitação, oferecer suporte psicológico e estabelecer limites de jornada são atitudes simples que salvam vidas e constroem um ambiente mais justo”, afirma Gustavo.
O especialista ressalta que, para além de ações pontuais, como distribuição de kits de segurança ou palestras, é preciso adotar uma postura contínua de cuidado. “Segurança no trânsito começa na liderança. A forma como uma empresa se posiciona internamente repercute nas ruas — literalmente. E cada entrega feita com menos pressão e mais responsabilidade é uma entrega que pode salvar vidas”, completa.
Em tempos de delivery em alta e com o crescimento dos serviços sob demanda, a atenção a esse público se torna ainda mais urgente. O Maio Amarelo é apenas um lembrete: proteger quem está nas ruas é, antes de tudo, uma decisão de liderança.
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