O senador Marcio Bittar (União-AC), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (27), manifestou apoio ao prefeito de Rio Branco (AC), Tião Bocalom (PL), denunciado pelo Ministério Público estadual por homofobia. A acusação se deu em razão de declarações consideradas preconceituosas sobre um projeto cultural local que promove apresentações musicais voltadas ao público LGBT+. O caso ocorreu em dezembro de 2021, quando, em entrevista, Tião justificou o veto ao projeto da peça teatral "Papai Noel Gay", alegando que “a iniciativa não respeitava a cultura cristã”.
— O prefeito Tião Bocalom orientou, deu a opinião dele de que, com dinheiro público, não seria interessante financiar uma peça teatral, que passaria em qualquer lugar, tratando dessa maneira um personagem que está no coração de milhares de crianças ao longo de décadas. O Ministério Público estadual acha que ele tem que responder porque isso seria um discurso de ódio homofóbico. Onde vamos parar? Meu repúdio a mais essa ação e a minha solidariedade total ao prefeito de Rio Branco, que está correto — disse.
Bittar também criticou o Ministério Público, alegando seletividade nas ações do órgão. Segundo ele, o rigor demonstrado contra o prefeito contrasta com a postura diante das organizações não governamentais (ONGs) que, conforme apontou, exploram a região amazônica e impedem o progresso local.
— Algumas ONGs entram na Justiça, pedem o apoio do Ministério Público Federal, que prontamente atende, e na prática proíbem a ligação de pontes e de estradas. Agora, no período da seca, quatro municípios do Acre sofreram mais ainda. Homens e mulheres, famílias, muitos morreram por falta de condições para fretar um avião, porque o rio estava seco e não se pode fazer uma estrada — argumentou.
Ao finalizar, Bittar criticou o atraso na aprovação do acordo Mercosul-União Europeia, mencionando que medidas como o mercado de carbono beneficiam os países ricos em detrimento do desenvolvimento brasileiro. Ele também destacou que as relações ambientais e econômicas entre Brasil e França são marcadas por imposições que prejudicam o país.
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